Suínos

Cascos dos suínos: porque é tão importante cuidar da saúde deles

Para ter o melhor desempenho na suinocultura, cuidar de cada detalhe dos animais é essencial. No entanto, os cascos dos suínos costumam ser negligenciados por muitos produtores.

Evidência disto é a alta prevalência de claudicação em matrizes suínas no Brasil. Claudicação é o termo técnico para denominar manqueira (1,2), algo  próximo de 60%, quase três vezes maior que a prevalência de claudicação o mundial. (3-5)

Muitos criadores mal se dão conta de que os cascos dos suínos também precisam de cuidados e focam sua atenção em outras áreas como a alimentação e instalações gerais. O que está certo parcialmente, pois negligenciar os cuidados com os cascos é um grande erro e pode causar grandes prejuízos ao produtor e aos animais. 

Prejuízos ao produtor

Financeiramente falando, os custos da claudicação na suinocultura estão associados ao incremento de trabalho, compra de produtos para o tratamento e diminuição na produção. Na Alemanha, Holanda e Estados Unidos se calcula que por cada matriz que claudica, as perdas são de € 37, € 25 e $ 180 respectivamente (3). 

Associado aos custos produtivos, estudos indicam que matrizes que claudicam durante sua gestação possuem menor peso da leitegada ao desmame (6) e maior risco de esmagamento durante a maternidade (7).

Prejuízos aos animais: A saúde e bem-estar animal são comprometidas, já que a claudicação que é produto de mal cuidado dos cascos é uma condição extremamente dolorosa, interferindo no comportamento natural dos animais e ocasionando graves consequências na leitegada em termos de adaptação ao ambiente (8).

Neste artigo, você vai entender porque cuidar dos cascos dos suínos é tão importante.

Como os cascos dos suínos podem ser lesionados

Vamos começar a entender a importância de cuidar corretamente dos cascos das suas matrizes e dos reprodutores. Primeiramente, lesões e doenças de casco podem comprometer seriamente sua rentabilidade e você pode estar deixando de lado uma boa quantidade de dinheiro, pense nisso.

Existem diversos fatores que podem causar lesões e doenças nos cascos de matrizes e reprodutores suínos. Um desses fatores é a sua pisada em solos duros e ásperos, seguido dos fatores nutricionais e genéticos. 

Um suíno reprodutor, seja macho ou fêmea, pesa entre 150 a 250 kg. A base de apoio do animal, superfície do pé e casco, é pequena. Mas pode suportar bem o peso do animal quando as condições internas e externas ao animal são adequadas. 

No entanto, em pisos de cimento e concreto, muito comuns na maioria das granjas, o impacto da pisada do animal pode lesionar os cascos. Felizmente, o uso de estrados de borracha podem facilmente resolver esse problema.

Lesões de casco são classificadas dependendo da região afetada e sua gravidade: crescimento excessivo da unha, rachaduras no calcanhar e na muralha são algumas das mais prevalentes. (4)

Com o tempo, elas causam a claudicação no animal. O que prejudica não só a qualidade de vida e bem-estar do suíno, mas também os indicadores reprodutivos (3).

Como problemas nos cascos dos suínos podem afetar a reprodução de porcos

Matrizes e reprodutores (cachaços) com cascos lesionados tendem a ficar mais tempo deitados e sentados pela dor que gera. O que faz com que se movam menos para tomar água e se alimentarem, levando a redução do consumo de alimento e água. 

Em machos reprodutores, a claudicação pode comprometer a colheita de sêmen. Dependendo da severidade da lesão, o animal pode não conseguir saltar no manequim, sendo necessário a medicação do animal. 

O uso de anti-inflamatório em machos reprodutores, por exemplo, pode comprometer a qualidade do sêmen, diminuindo assim sua fertilidade.

Em leitoas e porcas, essa diminuição no consumo ocasiona perda de peso, mudanças no comportamento social. O risco de infecções urinárias aumenta, elas produzem menos leite e ficam mais sujeitas a problemas reprodutivos.

Dentre os problemas reprodutivos em matrizes se sabe que existe correlação entre problemas de casco e desempenho durante o parto, natimortos, mumificados, esmagados e nascidos vivos (3). 

O esmagamento dos leitões ocorre com maior frequência por conta da maior dificuldade das matrizes em deitar. A extrema dor que  a claudicação e as lesões produzem, altera o jeito e cuidado quando elas deitam. Sendo assim, a claudicação prejudica os animais e a produção do criador de modo geral.

Todos esses pontos mostram o quão prejudiciais podem ser as lesões nos cascos dos suínos para a produção.

Algumas medidas preventivas para garantir cascos dos suínos mais saudáveis, sadios e sem lesões

Agora você sabe como eventuais problemas nos cascos dos suínos podem causar prejuízos na criação, principalmente nas matrizes suínas e nos reprodutores. Entende também a importância de cuidar bem dos cascos para evitar tais prejuízos à saúde dos animais e financeiros na sua granja de criação de suínos.

Para te ajudar, separamos três medidas essenciais de prevenção que podem ser tomadas para diminuir e ou evitar claudicação na suinocultura. 

Alimentação

A primeira delas diz respeito a alimentação dada aos suínos da granja. Ela precisa permitir que o animal tenha uma nutrição balanceada de vitaminas e minerais para que os cascos das matrizes e reprodutores se desenvolvam perfeitamente. Lembrando que as cada categoria possui necessidades diferentes de nutrientes.

Você pode aprender mais sobre manejo alimentar para suínos neste artigo.

Manejo

Dentro da suinocultura, o correto manejo de porcos reprodutores (cachaços) é de extrema importância para uma criação bem-sucedida. E sem ele é impossível que a granja consiga gerar os melhores resultados em produtividade.

Para se ter uma ideia, um macho deixa em média cerca de mil filhos ao longo de sua vida útil na granja. Porém, qualquer problema no manejo dos reprodutores pode causar perdas na produtividade.

O devido cuidado com o manejo dos suínos também é importante. Produtores e criadores precisam dar especial atenção ao casqueamento (apara de cascos) correto e ao manejo adequado de lotes. Sempre respeitando a densidade certa de animais por baia para evitar problemas nos cascos. 

Ainda sobre os cuidados e prevenção com os cascos é importante garantir o piso adequado para os animais. Para suínos, assim como outros animais, estudos comprovam que pisos de borracha são a melhor opção para preservação de cascos.

Piso para suínos adequado

Pisos muito duros  como os de concreto, além de pisos porosos, ripados e irregulares podem causar rachaduras ou lesões maiores nos cascos dos suínos (9). Isso ocorre por conta da abrasão do piso de concreto contra o casco e porque quando se tem unhas crescidas estas podem ficar presas nas ripas.

Pisos assim  também favorecem uma maior umidade do ambiente, porque não são capazes de escoar a urina. O que promove a proliferação de bactérias, mantém os cascos úmidos e amolecidos, aumentando a probabilidade de infeções e claudicação, gerando dor nos animais.

De acordo com a Ageitec – Agência Embrapa de Informação Tecnológica, um macho reprodutor é colocado na granja para reprodução aos 8 meses em média, e fica por lá até os 2 anos e meio. 

Já uma matriz é posta com 210 dias (7 meses) para reprodução e se mantém fértil de 10 até 12 anos. Tanto tempo assim em pisos e solos duros e ásperos consequentemente vai causar abrasão e problemas nos cascos.

Um melhor material para o piso de baias e demais locais de criação de suínos é o estrado de borracha Vedovati(10)

Também conhecido por piso emborrachado, ele é muito usado por suinocultores preocupados com a saúde e bem-estar dos animais. São extremamente duráveis e são praticamente indestrutíveis.

Esse tipo de piso de borracha não é abrasivo, amortece mais o peso do animal nos cascos por ser macio e flexível, além de possuir efeito antiderrapante, deixando os suínos mais confortáveis e seguros ao caminhar ou deitar.

Além disso, o estrado de borracha na versão com furos possibilita o escoamento automático da urina dos animais, que podem ser facilmente limpas. Com o piso de borracha os suínos da criação estão livres de umidade que pode causar danos aos cascos.

Mais coisas que você precisa conhecer sobre os pisos de borracha Vedovati

O estrado de borracha Vedovati ainda possui algumas vantagens exclusivas que só um estrado de borracha garante.

A primeira dessas é que ele não causa alergias ou doenças respiratórias nos animais. O que é diferente de muitos pisos como o de areia, maravalha e serragem, cujos componentes podem ser inalados pelos suínos e desencadear alergias e problemas respiratórios.

Além disso, os estrados de borracha Vedovati garantem uma temperatura do solo sempre agradável para o animal. O que elimina a chance de stress causado por calor ou frio excessivo no solo.

Abaixo, você pode conferir um depoimento de um de nossos clientes, autoridade unânime no setor de criação de suínos.

“Nós tivemos uma excelente experiência com a utilização dos pisos de borracha Vedovati para fêmeas suínas em gestação. 

Os pisos se mostraram de uma “robustez” impressionante, permanecendo perfeitos após mais de 12 meses de uso. 

Eu trabalhei desenvolvendo sistemas com baias coletivas para fêmeas suínas e tenho convicção que um dos fatores limitantes são problemas do aparelho locomotor, muitos causados por pisos inadequados. Temos um enorme interesse em instalar as instalações de alimentação computadorizada para suínos, no Campus Fernando Costa, com pisos Vedovati.

Professor Dr. Adroaldo J. Zanella”

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Conclusão

Agora você está por dentro da importância de preservar a saúde dos cascos dos porcos e leitoas da sua criação.

Aprendeu também algumas medidas preventivas essenciais para evitar problemas nos cascos dos animais. Como a necessidade e importância de ter estrados de borracha de qualidade nas baias.

Também está mais capacitado a cuidar melhor dos seus suínos, porém…

Se você sabe que ainda tem muito de prático a aprender sobre a suinocultura, então faça o seguinte.

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Referências

  1. Sobestiansky J, Wentz I, Silveira PR de S da S, Munari J, de Freitas AR. Ocorrência e caracterização das lesões nos cascos de fêmeas suínas reprodutoras. Rev da Fac Med Veterinária e Zootec da Univ São Paulo. 1989;26(2):235–40.
  2. Kramer T, Alberton GC. Prevalência de claudicação de porcas e condições das gaiolas de gestação em granjas no Sul e Sudeste do Brasil. In: VII Fórum Internacional de Suinocultura. 2014. p. 331–332.
  3. Pluym LM, Van Nuffel A, Van Weyenberg S, Maes D. Prevalence of lameness and claw lesions during different stages in the reproductive cycle of sows and the impact on reproduction results. Animal. 2013;7(7):1174–81.
  4. Pluym LM, Hoorebeke S Van, Lopez A, Jeroen R. Prevalence and risk factors of lameness and claw lesions in two types of group housing for pregnant sows. Vet Med (Praha). 2011;2011(3):2010.
  5. Heinonen M, Oravainen J, Orro T, Seppa-Lassila L, Ala-Kurikka E, Virolainen J, et al. Lameness and fertility of sows and gilts in randomly selected loose-housed herds in Finland. Vet Rec. 2006;159(12):383–7.
  6. Parada M, Bernardino T, Patricia T, Zanella A. Agression, vocalization and underweight in piglets born from gilts with lameness. In: Jensen MB, Herskin MS, Malmkvist J, editors. 51st Congress of the International Society for Applied Ethology: Understanding Animal Behaviour. Aarus – Denmark: Wageningen Academic Publishers; 2017. p. 226.
  7. Bonde M, Rousing T, Henrik J, Tind J. Associations between lying-down behaviour problems and body condition , limb disorders and skin lesions of lactating sows housed in farrowing crates in commercial sow herds. 2004;87:179–87.
  8. Parada M, Zanella AJ. Claudicação em fêmeas suínas gestantes: conceitos gerais e seu efeito na prole [Internet]. Vedovati Pisos, Blog. 2019. Available from: https://vedovatipisos.com.br/noticias-artigos/claudicacao-em-femeas-suinas-gestantes-conceitos-gerais-e-seu-efeito-na-prole/
  9. Anil SS, Anil L, Deen J, Baidoo S, Walker R. Factors associated with claw lesions in gestating sows. J Swine Heal Prod. 2007;15(April):78–83.
  10. Elmore MRP, Garner JP, Johnson AK, Richert BT, Pajor EA. A flooring comparison: The impact of rubber mats on the health, behavior, and welfare of group-housed sows at breeding. Appl Anim Behav Sci [Internet]. 2010 Feb;123(1–2):7–15.
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