Você, criador de bovinos para abate, tem tomado as ações certas para promover o bem-estar do seu gado de corte?
A qualidade de vida durante toda a criação de animais para abate é algo cada vez mais exigido no mundo todo. Os principais mercados de carne do planeta cobram alta qualidade na carne.
A qualidade de vida, conforto e bem-estar dos animais é fator essencial para garantir qualidade na carne. E por isso, esses fatores devem ser observados por produtores de gado de corte por exemplo.
Neste artigo, você vai entender como o bem-estar influencia na qualidade da carne. Além disso, vai aprender como promover essa qualidade e assim abrir mais mercados para os seu gado de corte.
A produção e consumo de carne bovina tem crescido nos últimos anos em todo o mundo. E o Brasil é um dos maiores protagonistas deste crescimento ao longo do tempo. Pois é o principal exportador de carne bovina no mundo, e o segundo maior produtor de gado de corte do planeta.
Com esse crescimento, as exigências de muitos mercados compradores de carnes é cada vez maior. Muitos países apresentam diversos requisitos para serem observados por um produtor ou empresas de fornecimento de carne.
E entre essas exigências estão surgindo novos requisitos que cobrem a criação do gado para abate. Demandas que afetam a qualidade da carne de forma direta, mas que só agora tem ganho a devida atenção dos mercados compradores.
Entre elas estão a qualidade de vida, bem-estar e conforto durante toda a criação, manejo, transporte e abate dos animais.
Hoje em dia, os principais mercados internacionais para a carne brasileira estão cobrando como nunca a qualidade de vida na produção de gado de abate. E o motivo para essa cobrança é muito simples.
A forma como o animal é cuidado desde o nascimento até o abate impacta e muito na qualidade final da carne.
A relação entre o conforto e bem-estar do gado de corte e a qualidade de sua carne está pautada em uma lógica simples. Que é a de quanto melhor está o seu animal em saúde, conforto e bem-estar, melhor é a qualidade da carne.
Ou seja, quanto melhor for as condições de vida, criação e manejo dos bovinos, melhor será sua carne.
Bovinos que vivem em ambientes sujos e desconfortáveis podem desenvolver problemas de saúde. Que podem tornar a sua carne de péssima qualidade, ou até mesmo fazer com que ela seja comprometida e não possa ser aproveitada no mercado.
O emocional também pode comprometer a qualidade da carne do gado de corte.
Assim, por exemplo, bovinos criados em condições estressantes apresentam perdas na qualidade da carne. Isso acontece porque animais em condições de estresse os bovinos produzem uma grande quantidade de hormônios desequilibrada.
Entre os hormônios produzidos estão o cortisol e a adrenalina, que podem causar uma série de alterações metabólicas. E essas alterações podem prejudicar, ao longo do tempo, a formação dos músculos. Que por sua vez prejudica a qualidade da carne.
Já quando é proporcionado conforto, bem-estar e qualidade de vida para o gado de corte os resultados são bem melhores.
Os animais conseguem ter uma formação muscular adequada, que garante uma boa qualidade para a carne.
Existem diversas ações práticas que podem ser tomadas para garantir uma melhor qualidade da carne do gado de corte.
Elas cuidam de aspectos e cuidados necessários para promover a saúde, conforto, bem-estar e qualidade de vida do gado. E devem ser aplicadas em conjunto para gerar os melhores resultados na qualidade da carne.
Você quer conhecer essas ações e práticas? Então confira abaixo o que você deve fazer para aumentar o conforto e bem-estar do seu gado. Deixando sua carne, dessa forma, muito mais saborosa e pronta para conquistar mais mercados.
O primeiro fator que impacta na qualidade da carne de um rebanho de gado de corte são as instalações de confinamento.
Como já citamos neste artigo, bovinos que vivem em condições e situações estressantes tem danos na formação de seus músculos. O que prejudica a qualidade geral da carne produzida.
Instalações de confinamento sujas, pequenas ou inadequadas para bovinos geram estresse e podem causar danos à saúde dos animais. O que é mais uma fonte de perdas e prejuízos na carne e para o criador do gado.
Entre essas instalações estão as áreas de manejo, que tem grande importância para o bem-estar do gado de corte.
Nessas áreas o rebanho costuma entrar correndo até a área de confinamento principal. E nesses casos o risco de dos animais escorregarem e caírem é alto, principalmente devido a pisos lisos e escorregadios. Quedas desse tipo podem provocar lesões leves até a quebra das patas, problemas de cascos e perdas de animais.
Bovinos, assim como outros animais, têm fraturas dos membros inferiores não resta mais nada a fazer se não sacrificar o animal. O que também é um prejuízo considerável para o produtor. Por isso, é fundamental revestir o pisodas áreas de manejo (curral) de gado de corte com pisos emborrachados antiderrapantes.
Também deve se evitar um piso escorregadio pois ele promove e facilita o estresse no animal. Que piora o seu PH e consequentemente diminui a qualidade da carne.
Além das áreas de manejo, instalações como currais de espera, rampas, bretes de atordoamento e outros corredores também devem contar com pisos de borracha antiderrapantes para o gado.
Uma das instalações mais importantes para a criação de gado de corte em confinamento são os currais de manejo anti-stress. Criados por uma das maiores autoridades mundiais na pecuária, esta alternativa que vem para abolir os currais tradicionais é capaz de transformar a qualidade de vida e da carne do seu rebanho.
De acordo com a americana Temple Grandin, os cuidados adequados no curral de manejo de gado de corte em confinamento é vital para a qualidade de vida dos bovinos.
Grandin é uma referência mundial na pecuária, pois é criadora de um método simplesmente revolucionário.
Conhecida como a criadora do manejo racional de gado, para Temple os bovinos precisam das condições ideais em currais de manejo. Condições estas que visem o bem-estar e a facilitação do comportamento natural dos animais em confinamentos.
Para isso, ela defende que currais de manejo sejam o melhor ambiente possível para o gado de corte em confinamento. Frisando que esses currais devem ser bem iluminados, contar com poucos estímulos visuais e, principalmente, ter pisos antiderrapantes.
Em suas palestras, o uso de um piso de borracha antiderrapante sempre é ressaltado pois bovinos entram em pânico quando começam a escorregar. O que não só gera um grande estresse emocional, como pode causar brigas entre bovinos, lesões e o comprometimento de boa parte da produção.
O curral de manejo anti-stress também é conhecido como curral curvo. Entenda melhor o porquê disso nas próximas linhas.
Temple Gandrin defende que os currais de manejo anti-stress deva ser estruturado em curva. Alguns exemplares deste curral o mostram como tendo um padrão circular.
Esse padrão é uma evolução do modelo “quadrado”, tradicional, de currais para confinamento de gado. E ele é recomendado por Gandrin pois permite que os bovinos reproduzam o seu comportamento natural em cativeiro. O que os deixa calmos e confortáveis no ambiente.
Tensões musculares causadas por fatores emocionais e estresse são eliminadas naturalmente. Com um curral de manejo anti-stress o pecuarista não precisa recorrer a outras soluções para acalmar o gado.
Além de reduzir e prevenir tensões e estresse, esse tipo de curral ainda confere ótimos benefícios para o gado e para o pecuarista.
Entre eles estão:
Essas são algumas das maiores vantagens que a criação de Temple Grandin trás para a pecuária. Com os currais anti-stress, um produtor consegue aumentar a sua produtividade tendo ainda menos custos.
O que impacta na lucratividade geral da criação do gado para abate.
Bovinos precisam de alimentação suficiente e de boa qualidade para se manterem com plena saúde. Mais que isso, precisam para que possam ter uma boa capacidade de produção e reprodução durante toda a vida.
A quantidade de alimento por cada cabeça do rebanho deve ser a necessária para uma dieta equilibrada e saudável. Além disso, ela deve ser capaz de suprir a necessidade de nutrientes para o gado de corte.
Sistemas de alimentação automática podem ser implementados para garantir uma distribuição uniforme dos alimentos. Bem como para evitar possíveis períodos de jejum prolongado, que comprometem a qualidade da carne.
Assim como a alimentação, o fornecimento de água para o gado de corte também deve ser feito de modo correto e em quantidades suficiente.
Bovinos precisam de cerca de quatro litros de água por quilo de peso para se manterem hidratados corretamente. Essa quantidade proporcional de água deve ser fornecida para todo o rebanho de maneira igual.
Os estábulos devem ter uma fonte de água contínua, limpa e fresca. Os equipamentos onde o rebanho bebe água precisa ser mantido limpo e deles não deve escorrer água para a área de descanso dos bovinos.
Além disso, a fonte de água não deve ficar longe demais do rebanho, para que os bovinos não precisem caminhar muito para beber água.
Todo rebanho de gado de corte deve ter uma área de descanso para os bovinos da criação.
Essa área nada mais é do que um espaço onde o rebanho de bovinos pode expressar seus comportamentos naturais. Ou seja, onde eles tem espaço para se lamber, se deitar e estirar mentos, rolar no chão e se revirar.
Os animais não devem ser amarrados de forma alguma nesse ambiente. E caso sejam usados pisos emborrachados nesta área, toda a cobertura precisa ser antiderrapante e impermeável.
Os estábulos, currais e outros espaços de confinamento do gado de corte devem permitir um convívio saudável do rebanho. Pois isso é estritamente necessário para uma real promoção de conforto, bem-estar e qualidade de vida para os animais.
Os locais de convívio dos animais devem permitir, assim como as áreas de descanso, que o gado possa se comportar naturalmente.
Deve haver ainda espaço suficiente para que os animais convivam sem brigas e estresses. Que podem causar danos físicos no rebanho de gado de corte, e assim comprometer a qualidade da carne.
O transporte dos bovinos até o local de abate também é um ponto a ser cuidado para garantir bem-estar aos animais. E ao mesmo tempo manter uma boa qualidade de sua carne.
As instalações para embarque devem ser silenciosas e nas dimensões certas para não provocar estresse ao gado. Rampas utilizadas devem ter uma inclinação de 20% para permitir um embarque seguro e confortável e precisam ter pisos de borracha antiderrapantes para evitar que os animais escorreguem e se machuquem.
Dentro do veículo de transporte, todo cuidado deve ser tomado para evitar estresse, medo e danos físicos aos animais. Portões, ferrolhos e outros equipamentos precisam ser inspecionados antes do embarque para chegar se eles são silenciosos.
O piso do veículo deve ter um piso de borracha antiderrapante para evitar quedas e proporcionar total segurança para o gado no transporte, e todo o compartimento onde vai ficar o animal deve ser inspecionado. Um cuidado que precisa ser feito para apurar a presença ou não de pontas cortantes ou afiadas.
Um outro detalhe que não pode ser deixado de lado é de que o pecuarista tem o dever de observar o veículo contratado para o transporte.
Ele deve observar se o veículo segue as normas exigidas pela Resolução CONTRAN Nº 675 de Junho de 2017.
Por fim, o manejo e abate do gado de corte é ponto-chave para a qualidade da carne.
Como já dissemos, situações que possam gerar estresse para os bovinos causam alterações hormonais. E estas alterações podem prejudicar a qualidade da carne que chega ao mercado.
O trato ao gado durante o manejo para para o frigorífico e abate é uma destas situações. Que pode ocasionar em uma carne DFD (sigla em inglês para escura, firme e seca).
Para evitar uma carne DFD é recomendado fazer um abate humanitário, que baixe o PH do gado.
E isso pode ser feito por meio de um processo de pré-abate, onde os bovinos passam por um período de descanso. Preferencialmente em currais projetados para que os animais não percebam a morte próxima.
Esse período é positivo para aliviar o estresse e tensão da viagem. Depois, é prudente fazer um processo de higienização dos animais. Seguida por uma desestabilização por meio de pistolas de ar, de forma a manter o gado de corte inconsciente até a degola.
Seguindo estas dicas que apresentamos, a qualidade da carne dos seus bovinos é preservada em seu nível de excelência. O que garante o máximo de retorno em produtividade e, claro, lucros.
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