Bovinos

Estratégias para reduzir problemas de casco e aumentar a produtividade de sua fazenda

Você sabia que os problemas de cascos em bovinos de leite são apontados como principais causas de diminuição da produtividade e lucratividade em fazendas?

Nos sistemas de produção de leite intensivo, as vacas ficam estabuladas em baias livres (free stall) ou em compost barn, e precisam caminhar por longos trechos sobre pisos de concreto ásperos e duros. Esse impacto é como lixa nos cascos, causando enfermidades podais, ferimentos, dores e incômodo, o que reduz a produtividade dos animais.

Os problemas de cascos podem, ainda, acarretar outros problemas de saúde no rebanho. Sem contar que  os animais param de se alimentar corretamente e mudam seu comportamento.

Juntamente com as raças taurinas, os bovinos de leite são geneticamente predispostos a sofrerem de lesões locomotoras. Vacas de raça holandesa estão entre as mais acometidas, seguidas pelas raças Jersey, Pardo Suíço e, com menor prevalência, Girolanda.

Prejuízos causados pelos problemas de cascos

Em conjunto com mastite (inflamação das mamas) e problemas reprodutivos, os problemas de cascos prejudicam a bovinocultura de leite e de corte em todo o mundo, levando a grandes perdas econômicas.

Queda na produção de leite

Problemas de cascos causam dor e estresse aos animais, que evitam se locomover para diminuir o incômodo, até mesmo para se alimentarem. Desnutridos, perdem condição corporal, prejudicando a produção de leite.

Aumento de incidência de mastite

As vacas com lesões costumam passar mais tempo deitadas, na maioria dos casos, em locais inadequados, sendo fator de risco para ocorrência da mastite.

Prejuízos à reprodução

Animais com problemas de casco não realizam a monta, o que prejudica a identificação do cio. A concepção em animais claudicantes é menor.

Gastos imprevistos

Para tratar seus animais com problemas de cascos, os produtores precisam arcar com medicamentos caros, descarte de leite com resíduos  medicamentosos, contratação de mão de obra especializada e de rotina.

Descartes involuntário

Os problemas de cascos podem diminuir a longevidade dos animais e até levar a descartes precoces devido a complicações das lesões.

Figura 1: úlcera de talão, frequente na unha lateral de membros pélvicos de vacas leiteiras. Fonte: Arquivo pessoal

Como prevenir problemas nos cascos?

Confira sete cuidados principais para garantir o bem-estar do seu rebanho e prevenir prejuízos.

1- Instale pisos de borracha em áreas estratégicas

Coloque pisos de borracha e/ou piso emborrachado por onde seu rebanho se movimenta, como corredores de acesso e sala de ordenha, sala de espera e na frente dos comedouros.

Os pisos de borracha além de serem macios, são flexíveis e antiderrapantes, o que oferece total segurança às vacas. A Vedovati Pisos desenvolveu um piso de borracha que possui modernos sistema de encaixe, facilitando a instalação. Pode, inclusive, ser vedado nas juntas e nas bordas para evitar que infiltrem urina e detritos sob o piso de borracha.

2- Garanta a higiene dos estábulos

Evite o acúmulo de material orgânico e umidade,  propiciando um ambiente limpo, seco e higiênico para as vacas.

3- Evite movimentar seu rebanho em locais íngremes

Terrenos pedregosos e íngremes ou com muito barro favorecem o desenvolvimento de lesões, especialmente se os aprumos dos membros locomotores, mais especificamente do casco, não estiverem corretos.

4- Invista em  lava-pés

A instalação de um lava-pés, com água, na entrada da sala de ordenha,  ajuda a remover impurezas dos cascos dos animais e melhora a higiene do local.

5- Invista em um pedilúvio

Instalar um pedilúvio na saída da sala de ordenha (banho de pés com substâncias antissépticas) é importante para reduzir os microrganismos nos cascos. As mais utilizadas são formol e o sulfato de cobre.

O formol, utilizado na proporção de 2% a 5% mata as bactérias e torna o casco mais endurecido, conferindo maior resistência. Já o sulfato de cobre é um excelente germicida, sendo indicado na porcentagem de 3%. O ideal é alternar o uso das duas substâncias.

A construção do pedilúvio, segundo Borges e Garcia (2002) deve ter de 2,0 m a 2,5 m de comprimento,  0,7 m de largura e 0,3 m de profundidade. A lâmina d’água deve ter a altura de 0,15m, para não ultrapassar a coroa do casco dos animais. O fundo precisa ser equipado com um bom piso de borracha, e tanto a saída quanto a entrada do pedilúvio devem ter inclinação de 10 a 20 graus.

6- Realizar casqueamento das vacas

Isso deve ser feito a cada seis meses para remover excessos de tecidos córneos dos cascos, evitando que os animais pisem de maneira incorreta e lesionem as estruturas dos cascos. Também é recomendado para a correção dos aprumos, reduzindo a incidência das afecções podais pelo desequilíbrio durante o apoio.

O casqueamento é indicado até mesmo para vacas que já apresentam problemas no casco. Durante o procedimento, aproveita-se para tratar as lesões, conforme recomendação veterinária. O profissional pode receitar o uso de bandagens e medicamentos específicos, dependendo do caso.

7- Atente-se ao correto manejo alimentar do seu rebanho

Por fim, oferecer às vacas um adequado manejo alimentar minimiza o aparecimento de ácido ruminal subaguda, responsável pelo alto índice de laminite. Consulte um veterinário ou zootecnista para obter orientações.

Tratamento para problemas de cascos

Atente-se ao seu rebanho e caso note problemas de cascos, consulte  um médico veterinário para fazer uma correta avaliação e propor medicamentos necessários.

Como medida imediata, você pode utilizar barbatimão, poderoso medicamento fitoterápico cicatrizante das lesões podais.  

Figura 2: Barbatimão, utilizado como cicatrizante. Fonte: http://bit.ly/e0dLJw

Mas não se esqueça de que o melhor remédio é a prevenção. Construa e ou adeque seu free stall de acordo com os parâmetros arquitetônicos e dispositivos tecnológicos e em total sintonia com o que existe de mais moderno e inovador na bovinocultura leiteira.  

Lays Verona Miranda

Graduanda em Medicina Veterinária

Faculdade Anhanguera – Leme

Estagiária na Universidade de São Paulo – USP

Revisão Maria Luiza oliveira

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